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Os primeiros passos na representação foram dados em terras lusas, mas a grande aventura estava apenas a começar. A viver nos EUA, hoje, Daniela Ruah possui uma carreira de sucesso e é amplamente conhecida do público internacional pelo papel na série norte-americana NCIS: Los Angeles. A actriz luso-americana é o rosto desta edição da Turbilhão e fala-nos sobre a sua carreira, família e sobre a forma como gere o seu tempo.

 

Desde que foi viver para os Estados Unidos da América, em 2007, tornou-se conhecida do público americano, apaixonou-se, casou, teve dois filhos… Neste momento, há mais coisas que a ligam a Portugal ou aos EUA?

Os países não competem na minha cabeça nem no meu coração. Tenho uma ligação familiar aos dois lugares, já que cresci em Portugal e tenho família muito chegada ainda no nosso país. Por outro lado, tive os meus filhos e estou a educá-los nos EUA por isso também sinto uma grande conexão com América do Norte. É também uma questão de sobrevivência; se não nos adaptarmos ao sítio onde vivemos nunca seríamos felizes. Tenho demasiadas coisas positivas e bonitas que me mantêm ligada ao dois países para poder escolher entre um ou o outro.

 

Em que aspectos somos realmente diferentes dos norte-americanos?

É difícil comparar os dois povos. Digo isto porque os EUA tem um população de 330 milhões de pessoas dos quais grande parte tem origens estrangeiras, logo é difícil falar dos Americanos como uma só entidade e não como uma mescla de hábitos culturais. No entanto a política Americana é muito diferente da Portuguesa e isso influencia a forma pensar de um povo para o outro.

 

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Costuma partilhar alguns dos costumes portugueses com os seus amigos americanos?

Às vezes, acham piada aprender palavras portuguesas

 

Se pudesse levar um pedaço de Portugal para os EUA, o que levaria?

Os meus pais!

 

De que sente mais falta de Portugal?

Sinto falta das sardinhas assadas no Verão, das nossas praias, dos meus amigos de infância, dos meus cantinhos habituais…

 

Como gere a saudade, esse sentimento tão português?

Sinceramente já estou habituada ao sentimento de saudade por isso faz parte do meu estado normal.

 

Que valores portugueses faz questão de transmitir aos seus filhos?

Os valores mais importantes não têm nacionalidade. A Integridade, a bondade, a compaixão, o respeito pelo próximo, a ambição, reconhecer o que é certo ou errado, etc. É claro que transmito a nossa cultura aos meus filhos como a língua Portuguesa ou um gosto ecléctico na cozinha.

 

A série NCIS: Los Angeles é um enorme sucesso. Depois dela, gostaria de se manter na televisão ou dedicar-se mais ao cinema e/ou teatro?

Gosto muito dos três meios por isso não tenho preferência. O mais importante para mim é aceitar papéis que me preencham criativamente e que me permitam pôr comida na mesa. Tudo tem um fim, por isso aprecio qualquer trabalho positivo que me venha parar às mãos.

 

Que outros projectos profissionais tem actualmente “na calha”?

Tenho alguns! Mas ainda é cedo para os revelar.

 

Pode falar-nos um pouco mais sobre a mini-série A Espia?

A Espia é uma mini série de oito episódios realizada por Jorge Paixão da Costa e produzida pela Ukbar Filmes, que irá passar na RTP1. O enredo decorre nos anos 40 durante a Segunda Grande Guerra e acompanha a história de espiões dos países Aliados e Nazis. Uns agem por ganância, outros pelos valores, e outros são agentes duplos. No entanto todos têm algo em comum: a luta pela sobrevivência.

 

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O que representa para si trabalhar em Portugal?

Participar na série a Espia foi particularmente especial porque foi a primeira vez em 12 anos que representei uma personagem portuguesa. Além disso estive ao lado de Maria João Bastos, Diogo Morgado, Marco d’Almeida, João Capelo, entre outros actores e actrizes por quem me apaixonei e com quem adorava trabalhar outra vez. Tenho também de dizer que a equipa técnica se esmerou dia e muitas noites! 

 

Entre os muitos papéis que desempenha diariamente, tanto na vida profissional como pessoal, como consegue gerir o seu tempo?

A gestão do tempo tem a ver com priorizar o mais importante. Felizmente, ao fim de 11 anos na mesma série, o horário de trabalho já se torna previsível por isso consigo planear a vida pessoal com mais facilidade. Gostava de fazer tudo e estar em todo o lado ao mesmo tempo, mas não posso. Por isso aprendi a delegar a responsabilidade. Participamos no dia a dia dos nossos filhos o mais possível, nas alturas em que não podemos, temos uma baby sitter que nos ajuda, e claro as visitas frequentes dos avós!

 

De que forma a maternidade veio dar um novo sentido à definição de tempo na sua vida?

O tempo tem o seu próprio feitio e parece que vai mudando de ritmo só para chatear. Quando engravidei, o tempo parecia que não andava. Queria ter barriga, saber como seria o parto, ver a cara do bebé… E parecia que o dia nunca mais chegava. Agora que os meus filhotes têm 5 e 3 o tempo acelerou e já vejo vestígios de adolescência!

 

Vive em contra-relógio ou consegue saborear cada momento?

Vivo nos dois. Há dias em que precisaria de uma 25ª hora para tratar de responsabilidades e outras ambições… Por outro lado, paro frequentemente para reconhecer o bom que tenho na vida; filhos saudáveis, um marido que adoro, uma família que me apoia incondicionalmente e trabalhar naquilo que mais adoro fazer.

 

Imagine que tinha o poder de controlar o tempo. Faria uma viagem ao passado ou ao futuro?

Faria uma viagem ao passado. Voltaria aos tempos em que nos juntávamos todos em casa dos meus avós, antes do peso da responsabilidade adulta me ter tocado, antes dos primos se terem espalhado pelo mundo e afastado um pouco devido á mudança natural de prioridades. Gostava de ouvir o barulho que se fazia á mesa outra vez, provar os cozinhados tradicionais de uma avó ou sentar-me ao colo da outra, a fazer palavras cruzadas e tentativas falhadas de tricot. Gostava de voltar atrás para saborear todos os momentos que fizeram de mim a mulher e mãe que sou.

 


 

Fotografia: Miguel Ângelo, assistido por Virgílio Ferreira

Styling: Gabriela Pinheiro, assistida por Ana Catarina Rocha

Make Up:  Joana Moreira, com produtos Chanel

Hair: Miguel Viana

Produção: Snowberry