Cindy Crawford esteve pela primeira vez em Lisboa para a inauguração da Boutique Omega, na Avenida da Liberdade. Encantada com a cidade, a supermodelo e mais antiga embaixadora da marca de alta relojoaria espalhou elegância e glamour em muitos dos icónicos pontos turísticos da capital portuguesa. Na nova Boutique Omega, Cindy Crawford falou da longa e frutífera ligação com a marca, da família e da sua relação com o tempo.
Como se sente por ser a mais antiga embaixadora da Omega?
De facto, estou com a Omega há mais de 20 anos e é uma relação que funciona. Costumo brincar que estou com a Omega há mais tempo do que com o meu marido… e não brigamos! Mas renovamos o nosso contrato a cada três anos. Talvez isso funcione também com casamentos (risos). Adoro trabalhar com a Omega, é uma marca de qualidade com uma enorme história e, com ela, tenho viajado pelo mundo e aprendido a apreciar a arte da relojoaria. Por outro lado, a Omega representa muitas das ideias que eu quero que a minha marca represente e, como tal, é a parceria perfeita.
Quais os valores Omega com que se identifica?
Para mim, a Omega é legado, história, qualidade e intemporalidade. Claro que um relógio conta o tempo, mas também tem algo de intemporalidade. Um relógio Omega mantem-se actual mesmo passados 20 anos. Não é um produto de moda, “do momento”, mas sim de qualidade e intemporal. E são essas as qualidades a que gosto de estar também associada.
Que impacto teve a Omega na sua carreira?
Penso que o maior impacto que a Omega teve na minha carreira é que a Omega é realmente uma empresa internacional e, apesar de ter trabalhado com outras marcas, nenhuma delas teve a presença global da Omega. Ter este relacionamento longo com esta marca global ajudou a manter a minha marca global também. Por outro lado, com a Omega tenho oportunidade de fazer muita filantropia e é óptimo conseguir conciliar essas duas partes da minha vida.
A Cindy e os seus filhos são agora uma família de embaixadores Omega. Como se sente em relação a isso?
Na realidade os meus filhos fazem parte da família Omega praticamente desde que nasceram. Eles viajaram comigo e com a Omega muitas vezes. Fomos para as Olimpíadas de Vancouver juntos, para as de Pequim… Eles conhecem toda a família Omega há anos e quando começaram a entrar na moda fez sentido que se associassem oficialmente à Omega. Há muitas marcas que procuram esta história autêntica, que não se pode inventar. É muito raro e inestimável. Penso que até para os meus filhos foi algo natural. De certa forma, foi como passar a fazê-lo oficialmente. Existem outras marcas de relógios que jogaram com esta ideia de gerações, um pai entregando um relógio a um filho… mas não sabemos quem é o pai e quem é a criança… Apesar de continuar a ser uma boa ideia, não é real. Os meus filhos têm uma história com a Omega. Se formos aos arquivos da marca, iremos encontra-los em diversos momentos. Assim, foi algo natural.
Qual a sua relação com o tempo?
Eu sou muito pontual. Por vezes, sobretudo quando as crianças eram pequenas, não era fácil, porque não podemos planear uma birra ou uma criança doente. Mas também sou muito organizada. Tenho uma vida muito ocupada – e gosto assim -, mas para gerir melhor tudo faço um plano e sigo-o à risca. Acho que isso me permite aproveitar melhor cada momento e estar mais presente em cada situação, mais focada. Não gosto do sentimento de atrasar alguém ou de me atrasar. Fico mais calma quando tenho tudo organizado e na hora certa.
Qual é para si o valor do tempo e como o definiria?
O tempo é um luxo. Como o definiria? Bem, o tempo é o nosso bem mais precioso, como tal é importante saber como vamos gastá-lo. Quando penso no tempo penso no que quero fazer com ele. Como a maioria das mães, a minha prioridade é a família, o que inclui o relacionamento com o meu marido. Depois vem o trabalho, as amizades e a filantropia. Se existirem outros interesses, temos que escolher e criar prioridades. O tempo é como uma tarte que dividimos em várias fatias equilibradas.
Qual é o seu relógio favorito?
Não tenho exactamente um favorito. Antes de trabalhar com a Omega, não sabia nada sobre relógios. Mas quando comecei a trabalhar com a marca e realmente aprendi sobre a relojoaria suíça e como ela é intrincada e precisa, fiquei com uma noção completamente diferente. Hoje tenho uma boa colecção de relógios Omega. Apesar de não ter um favorito, tenho um carinho especial pelo Constellation. Pouco depois de ter começado a trabalhar com a Omega, a marca convidou-me para ajudar no redesign deste relógio, juntamente com os relojoeiros e designers. Por isso, de certa forma, sinto como se fosse um pouco dona do Constellation. Mas uma das grandes vantagens de trabalhar com a Omega é a possibilidade de ter mais do que um relógio e poder escolher qual usar dependendo da situação ou do vestuário que temos.
Qual a primeira impressão de Lisboa?
Tudo tem sido fantástico. Sinceramente. Desde o momento em que aterrámos, com este tempo fantástico, a comida… A primeira refeição que comi aqui em Lisboa, achei que seria a melhor de todas… e continuo a dizê-lo a cada refeição que passa (risos).