Com vista para o Atlântico e espírito cosmopolita, o Farol Hotel, em Cascais, apresenta duas grandes novidades: a nova carta do restaurante The Mix, onde o sushi e os sabores portugueses se encontram, e o regresso do mítico Coconuts, agora reinventado como espaço de eventos.
A visita começou junto ao mar, no Coconuts, a lendária discoteca de Cascais que renasce agora com uma nova vida. Transformado num espaço de eventos à medida dos clientes, o Coconuts mantém a vista deslumbrante sobre o oceano, mas apresenta-se renovado: as cores fortes do passado deram lugar a tons claros e contemporâneos, com uma atmosfera mais elegante e versátil.




Com capacidade para 400 pessoas em pé ou cerca de 350 sentadas, o espaço foi pensado para acolher eventos privados e corporativos, e reabre com a ambição de voltar a ser o que era.
O director do Farol Hotel, Nuno Nunes, e o director de F&B, Nuno Santa Antunes, acompanharam esta visita, durante a qual foi também anunciado que o Coconuts acolherá a festa de fim de ano do hotel.
O novo The Mix: sabores cruzados
Depois da visita ao Coconuts, foi tempo de regressar ao The Mix, o restaurante do hotel, que apresenta agora uma nova carta e um conceito que faz finalmente jus ao nome.
O The Mix resulta da fusão entre os dois restaurantes do hotel – o The Mix e o Sushi Design –, dando origem a um projecto único onde a gastronomia portuguesa e a internacional se cruzam, e onde o sushi, assinado pelo sushi master Francisco Braga, continua a marcar presença. “O sushi estava separado, havia uma escada que separava os dois restaurantes”, lembra o chef Sebastian Fritye, em defesa deste novo conceito em que se misturam as propostas.




À mesa chegam tapas e chega igualmente sushi, porque a ideia é que a comida seja para partilhar. Os pratos formais ficaram no passado, em nome de um projecto que procura atrair um público mais jovem, sem perder a sofisticação. Ainda assim, há espaço para alguns pratos portugueses “seguros”, pensados para o público estrangeiro que procura essa experiência. A palavra de ordem é diversidade, tanto nos sabores como no espírito.
O almoço: uma viagem entre continentes
A nova carta, que tivemos oportunidade de descobrir, começa com o Sushi Moment, um ritual de sabores do mar. Provaram-se os gunkans de atum e lavagante e os de salmão e vieiras trufadas com kizami e tobiko, seguidos de uma salada de atum e abacate, cebolinho, sementes, óleo de sésamo e ponzu.
Da cozinha portuguesa chegaram petiscos com assinatura: croquetes de presunto pata negra com maionese chipotle, choquinhos grelhados com vinagreta de tinta e milho frito, lascas de polvo panadas com maionese de alho assado e o lombinho ibérico curado com ervas finas, vinagreta de figo e croissant em tosta.
Os dados de tapioca com ketchup caseiro fizeram o papel de batatas fritas, e o pão Cristal com tapenade de straciatella e pistácio, e presunto trouxe um toque italiano à refeição.
Seguiram-se os pratos quentes: consommé de cozido à portuguesa e ravioli de won-ton, arroz de bacalhau caramelizado com piparras marinadas em limão, entrecôte grelhado com molho holandês trufado e Tom Yum de peixe e marisco. Tudo servido ao estilo partilhado, sublinhando o espírito informal da nova carta.
A sobremesa encerrou o almoço com dois clássicos: mini-crepes Suzette e o “The Mix com tradição”, uma versão moderna do pijaminha português com farófias, arroz doce e pudim Abade de Priscos, harmonizado com um Porto Ramos Pinto.
Um projecto colectivo
Para esta nova vida do The Mix, o chef Sebastian Fritye inspirou-se nas suas experiências em hotéis como o The Oitavos, o Grande Real Villa Itália e o Penha Longa, bem como em viagens realizadas em equipa. “Aqui não há ditadura do chef, toda a gente dá ideias”, afirma, acrescentando: “Pensei no que eu gostaria de comer e no que os clientes esperam.”
O resultado é uma carta que celebra o convívio, a partilha e a fusão de culturas, num espaço onde a vista e o sabor se encontram à beira do Atlântico.