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Resistência à água e ao tempo

O nascimento dos relógios de pulso ficou marcado pela luta contra diversos “inimigos” externos, entre eles a água. Hoje, graças às melhorias abissais na relojoaria no que à resistência a este elemento diz respeito, a água e o tempo convivem lado a lado nas profundezas.

 

O século 20 assistiu à passagem do relógio de bolso para o de pulso, uma transição “difícil”, cuja aceitação se deveu, sobretudo, às melhorias na durabilidade deste tipo de relógios.

Os primeiros inimigos dos modelos de pulso traduziam-se na água, no pó, nos choques e no magnetismo e foi sobretudo durante os anos vinte e trinta que ocorreram avanços da engenharia na luta contra estas forças.

Nos anos trinta, foram desenvolvidos mecanismos à prova de choques, assim como várias abordagens para combater o magnetismo. Mas o mais notável avanço talvez tenha sido o melhoramento da caixa do relógio para que pudesse selar. Ao fazê-lo, o mecanismo interno do relógio não seria afectado pela água ou pó.

 

 

A Omega e a Rolex foram pioneiras na luta contra a água. Em 1932, a Omega apresentou o Marine, um relógio que basicamente tinha uma caixa dentro da outra. Em 1936, um investigador aquático, Charles William Beebe, mergulhou à profundidade de 14 metros com um Omega Marine agarrado ao seu fato de mergulho.

A evolução decisiva de relógios de pulso mais resistentes à água poderá ter resultado de um marketing inteligente e da mudança do estilo de vida dos civis. Em 1953, o Fifty Fathoms da Blancpain chegou ao mercado e atingiu reconhecimento ao ser usado por Jacques Cousteau no filme “O Mundo do Silêncio”. Mais tarde, a marca lançou também os modelos Aqualung e Bathyscaphe.

 

 

Virtualmente todas as marcas suíças famosas, exceptuando talvez a Patek Phillipe e a Audemars Piguet, se seguiram nos anos cinquenta e sessenta. Na feira de Basileia de 1955, a Eterna lançou o modelo Kon-tiki, a Longines produziu um relógio de mergulho e a Girard-Perregaux também. A IWC introduziu o seu primeiro relógio de mergulho, o Aquatimer, em 1964. A Jaeger-LeCoultre produziu um relógio de mergulho especial com alarme, o Polaris, assim como a Vulcain com o seu modelo Cricket-Nautical, que também tinha um indicador de pressão.

A Omega abraçou o mercado crescente com entusiasmo, lançando o seu primeiro Seamaster de mergulho, o 300 (que tinha uma resistência à água a 200 metros), em 1957, e, seguindo o sucesso desse modelo, introduziu muitos outros.

 

Normas internacionais para considerar um relógio apto para mergulho

 

Dispositivos de pré-selecção do tempo

A norma NIHS 92-11 (ISSO 6425) estipula a existência de um dispositivo de pré-selecção do tempo que deve estar protegido contra as rotações involuntárias, que apenas se poderá manipular ao desenroscar a coroa. O dispositivo deverá estar dotado de uma escala de minutos, na qual os períodos de 5 minutos se devem ler com total clareza.

 

Visibilidade

Tanto a hora como o tempo controlado no dispositivo mencionado, assim como a indicação de marcha, devem ser visíveis a uma distância de 25 cm na escuridão.

 

Hermeticidade e resistência à água salgada

Os componentes da caixa, as juntas, o fundo do relógio e os vidros que protegem o conjunto, devem garantir uma hermeticidade mínima de 100 metros, embora se deva utilizar em águas pouco profundas e não para mergulho (mínimo 30 Bar, neste caso). Metro e Bar não são o mesmo. Debaixo de água a pressão do ar e da água somam-se, pelo que uma profundidade de 10 metros equivale a 1 bar de pressão de água mais 1 bar de pressão atmosférica ao nível do mar, em suma 2 bar de pressão.

 

Propriedade anti-magnética, resistência aos choques e variações térmicas

A caixa deverá estar preservada dos campos magnéticos e não poderá sofrer nenhum sinal de condensação durante as provas de temperatura.

 

Resistência às forças externas

As conexões do relógio devem resistir a uma força de até 200N.

 

A estanquidade e a utilização do relógio

A estanquidade é a capacidade que o relógio tem de ser impermeável ao contacto com a água. Por norma, esta estanquidade é apresentada (gravada no fundo do relógio) tendo em conta a relação entre a pressão medida em Bar ou ATM e a profundidade.
A estanquidade não pode ser permanentemente garantida devido a diversos factores, como o envelhecimento normal dos vedantes, a exposição a agentes externos (cosméticos, água salgada ou cloro) ou em resultado de danificações na zona de estanquidade provocadas por um choque. Para garantir esta característica, os relógios devem ser submetidos a um teste de estanquidade anual.