A Turbilhão falou com Felix Obschonka, director de novas tecnologias da Montblanc, sobre o novo smartwatch da marca – Summit 3 – e sobre a importância dos “gadjets” inteligentes.
Quais são as principais diferenças entre o novo Montblanc Summit 3 e os antecessores?
Em primeiro lugar, o design tornou-se ainda mais refinado com novos materiais, como a caixa em titânio e o fundo em aço. Alterámos ligeiramente o design em comparação com o Summit 2, por exemplo, com a nova coroa e botões e tornámos o relógio mais equilibrado em termos de estilo. Mas quando se trata de tecnologia, possuimos o hardware mais recente, por exemplo, um novo sensor para medir o oxigénio no sangue e, por último, mas não menos importante, estamos entre os primeiros relógios a aproveitar o poder do Wear OS by Google 3.
Quais são os principais desafios na criação de um smartwatch que agrade aos amantes de relógios mecânicos?
Acho que é principalmente captar a essência do que podemos transferir da relojoaria mecânica para um smartwatch. Enfrentamos desafios completamente diferentes, mas alguns deles são muito parecidos. Tanto o movimento digital como o mecânico são muito complexos e as complicações exigem muitos esforços para as integrar num tamanho de caixa atraente. Portanto, aqui temos desafios semelhantes.
Para o utilizador, quais são as principais vantagens de um smartwatch como o Summit 3?
Com um Smartwatch como o Summit 3, pode monitorizar a forma física ou saúde geral ao longo do dia, pode ir ao campo de golfe com a aplicação de golfe no relógio, ou apenas utilizá-lo para manter contacto com os entes queridos ou para ficar a par da agenda. Pode ainda utilizá-lo para navegar por uma cidade ou pagar numa loja. Existem muitas vantagens em usar um smartwatch, quando se trata de tais casos. Mas acho que a principal vantagem de usar o Summit 3 especificamente é porque se trata de um smartwatch que se parece com um relógio mecânico, um relógio real.
Acha que o futuro nos trará cada vez mais destes smartwatches com um toque mecânico? Por quê?
Acho que somos únicos no que fazemos e também temos legitimidade para agir no segmento da sensação mecânica. Se olhar para outras marcas, isso pode ser diferente. As marcas de tecnologia vêem um smartwatch como tecnologia em primeiro lugar e alinham-no ao design de um smartphone, por exemplo.
Também desenvolveu outros itens “inteligentes” para a Montblanc, como papel aumentado e os Headphones MB01. De que forma os desenvolvimentos tecnológicos ajudam e moldam a filosofia de design e o alcance da Montblanc?
Com esses novos desenvolvimentos, também recebemos a atenção de uma nova clientela. Por exemplo, estando entre os primeiros a usar o Wear 3 nos smartwatches, também obtivemos uma grande reacção da imprensa de tecnologia. Além disso, com os headphones, estamos a abrir um território totalmente novo para a marca, agregando agora a sensação de audição ao universo Montblanc. Então, em termos de alcance, definitivamente podemos atrair uma nova clientela para a nossa marca.
Na sua opinião, quais são alguns dos principais desafios do desenvolvimento e integração de novas tecnologias com os produtos Montblanc?
O maior desafio é miniaturizar a tecnologia para se adequar a um design atraente, mas ainda assim ter um desempenho forte. Este é um equilíbrio enorme, mas acho que o que ajuda é não fazermos concessões e preferirmos uma solução mais complicada para deixar o cliente feliz do que seguir o caminho mais fácil.
Como espera que o público reaja e se envolva com a inovação?
Vemos que muitos clientes ficam surpresos com a ousadia que podemos ser como marca ao entrar neste segmento. Mas a ousadia está mesmo no centro do que fazemos, seja nas Novas Tecnologias com inovações digitais, seja com a nossa linha de artigos em pele Extreme 3.0 ou com o Geosphere 0 Oxygen. Trata-se sempre de expandir os limites e ligar-se a um estilo de vida empresarial moderno e de luxo. Acho que, por causa disso, os nossos clientes nos percebem como uma marca inovadora com a qual adoram envolver-se em diferentes categorias.
O novo Montblanc Summit 3
O novo Montblanc Summit 3 é um verdadeiro smartwatch de luxo que se inspira na longa tradição relojoeira da marca, oferecendo mostradores inspirados nas colecções Geosphere, Bohème ou 1858. Mas tratando-se de um smartwatch também oferece configurações de mostrador típicas de este tipo de relógio. Disponível em três versões de 44 mm – caixa em titânio cinzento; caixa em titânio preto ou uma caixa em titânio bicolor – o Summit 3 pode assim ser personalizado de várias formas, incluindo com diversas pulseiras diferentes em pele ou borracha.
Equipado com a versão mais recente do Wear OS by GoogleTM, o Summit 3 inclui uma variedade de funcionalidades para responder às necessidades funcionais do proprietário. Assim, integra um conjunto de dados sobre a saúde pessoal, bem como contagem de passos, monitorização do sono, incluindo as diferentes fases do sono, e medição de oxigénio no sangue. A aplicação de fitness aumentou também a oferta com uma variedade de exercícios que podem ser rastreados para maximizar o seu impacto ao longo do tempo. Funções como o Google Maps e o Google Pay completam a oferta do novo smartwatch da Montblanc.