Fruto de reconstruções e melhorias ao longo dos anos, hoje, o turbilhão apresenta-se numa panóplia de execuções.

Turbilhão voador

Um turbilhão voador não é mais do que um tipo de construção especial deste mecanismo, cujo intuito é puramente estético.
Enquanto a gaiola do turbilhão “convencional” é montada sobre um carreto de um dos lados e presa por uma ponte do outro (ou com pontes em ambos os lados), a gaiola do turbilhão voador é igualmente montada sobre um carreto ou ponte, mas do lado do mostrador a ponte é-lhe retirada de modo a oferecer uma visão desobstruída do turbilhão em movimento.Este tipo de construção dá ao turbilhão a impressão de que flutua ou “voa”.

Turbilhão misterioso

Inventado em 1993 por Kiu Tai Yu, o turbilhão misterioso é um turbilhão sem qualquer ponte ou gaiola. Nesta execução da complicação, o escape e o balanço surgem sem meios visíveis de suporte. Para criar esta ilusão, o relojoeiro chinês suspendeu a roda do balanço, com a espiral por baixo, a partir de uma barra de vidro invisível.

Turbilhão Central

Habitualmente, o turbilhão é visível no mostrador às 6 ou às 12 horas, mas, em 1994, a Omega criou o primeiro relógio de pulso com turbilhão central. Desta forma, e pela primeira vez, o mecanismo turbilhão passou a ocupar um lugar de destaque, no centro do mostrador.

Turbilhões multi-axiais

A maioria dos turbilhões trabalha sobre um eixo, mas, actualmente, com o objectivo de anular os efeitos da gravidade em todas as posições do relógio (e não só nas verticais, como acontece com os turbilhões “convencionais”), alguns turbilhões giram em torno de dois ou mais eixos. A melhor forma de descrever este tipo de construção é pensando num giroscópio.

Turbilhão vs Karrusel

Em 1892, o relojoeiro dinamarquês Bahne Bonniksen, patenteou, em Inglaterra, a invenção do karrusel, um mecanismo cuja função era em tudo semelhante à do turbilhão. A maior diferença entre esta complicação e aquela patenteada por Breguet é que o karrusel é movido pela terceira roda ao invés da quarta.

Esta diferença de concepção tornou o instrumento de Bonniksen muito mais robusto e menos propenso aos choques do que o turbilhão tradicional, mais simples de construir e com um preço de produção relativamente baixo. Contudo, para quem o custo de construção não representa uma preocupação importante, o turbilhão é, na generalidade, mais agradável em termos de design.