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Luxo sensorial, alta gastronomia e o encanto autêntico de Loulé

No coração da Quinta do Lago, o Wyndham Grand Algarve revela-se como mais do que um hotel: é uma ode sensorial ao luxo subtil, onde o conforto encontra a autenticidade algarvia.

 

Há lugares que não se limitam a acolher. Conspiram, subtilmente, para nos envolver por inteiro – no corpo, nos sentidos e no espírito. O Wyndham Grand Algarve, em plena Quinta do Lago, é um desses lugares. Não é apenas um hotel de cinco estrelas; é um refúgio construído com inteligência emocional e detalhe olfactivo.

 

 

A nossa chegada foi recebida com um sussurro aromático: o perfume Cyanus, criado exclusivamente para o hotel, flutua no ar como um convite à leveza. A sua composição – maçã verde, jasmim, âmbar, almíscar e cedro siciliano – não é apenas agradável; é uma evocação da Ria Formosa e da sua enigmática pega-azul, a Cyanopica Cyanus, de onde herda o nome e o espírito.

 

O luxo discreto de um lugar pensado ao milímetro

 

 

O átrio central, com ares de sala de estar de um palácio contemporâneo, é o coração pulsante do Wyndham. É a partir dele que se desdobram as alas Sunrise e Sunset, onde encontramos 132 suites generosas em dimensão e conceito, com varandas abertas à luz ou relvados que quase convidam ao descalçar. O conforto é uma constante: sofás e camas que desafiam a vontade de sair, kitchenettes discretas e o silêncio ideal para o repouso pleno.

 

 

Num recanto mais resguardado, mas não menos essencial, o Grand Spa une o seu savoir-faire à prestigiada Cinq Mondes. Os tratamentos são um tributo à tradição ancestral do bem-estar, enquanto o espaço em si – com piscina interior, sauna, banho turco e jacuzzis – prolonga a sensação de que o tempo ali tem outro ritmo.

 

Gastronomia que conta histórias

 

 

O jantar foi uma viagem. O destino? O Restaurante XXL by Olivier, onde o chef Olivier da Costa transpôs para o Algarve o conceito consagrado em Lisboa. A presença do elefante-escultura, marca icónica da casa, impõe-se com irreverência num ambiente que equilibra teatralidade e sofisticação. Mas é no prato que se vive a narrativa mais intensa.

A carta, que o chef descreve como um reflexo das suas memórias e dos seus lugares, faz desfilar sabores arrojados e reconfortantes. Entre os destaques, o entrecôte Café Paris e a picanha wagyu com linguini trufado representam o melhor da secção carnívora, enquanto o bitoque de lagosta, a picanha de tamboril e o clássico bacalhau à lagareiro elevam a experiência do mar à mesa. Para terminar, há tentações que merecem entrega total: os soufflés em versão XL, as fatias douradas com sorvete e os profiteroles recheados são sugestões difíceis de recusar. Tudo isto harmonizado com uma carta de vinhos e cocktails à altura da criatividade do chef e da sua equipa. Não é por acaso que o restaurante foi galardoado nos World Luxury Restaurant Awards, com distinções que o colocam entre os melhores da Europa e de Portugal.

 

 

Durante o dia, a leveza do Restaurante Caravela, junto à piscina, oferece a pausa ideal entre mergulhos de sol e momentos de contemplação. A carta é equilibrada, centrada em frescura e simplicidade, mas nunca banal. Um prelúdio perfeito para as horas de spa ou para um cocktail no Grand Bar & Lounge, onde Bruno Francesc reinterpreta clássicos com figo, laranja ou outros ingredientes locais, numa proposta sustentável e contemporânea.

 

Loulé: onde tradição e criatividade se cruzam

Mas o verdadeiro luxo também vive da descoberta e do enraizamento. Foi com este espírito que nos deixámos conduzir até Loulé, numa viagem ao coração criativo da região. O ponto de partida foi o Palácio Gama Lobo, hoje casa do projecto Loulé Criativo, uma iniciativa do município que valoriza o património imaterial da região e promove o diálogo entre tradição e inovação.

 

Ali, entre oficinas abertas e corredores luminosos, é possível assistir ao trabalho de mestres artesãos e participar em workshops de olaria, pintura de azulejo, artes têxteis e trabalhos em palma, esparto ou cana – saberes antigos que persistem no tempo e nos gestos. A visita prolonga-se naturalmente pelas ruas de Loulé, onde pequenas portas revelam verdadeiras jóias vivas: oficinas de caldeireiros, onde o cobre é moldado com rigor ancestral, dando origem a peças decorativas e às icónicas cataplanas – recipientes de sabor e história que fazem parte da alma gastronómica do Algarve.

 

 

 

 

Um mergulho na história e no paladar

Ainda no centro histórico, uma paragem obrigatória são os banhos islâmicos de Loulé – os únicos conhecidos até hoje em território português. Graças a um projecto de musealização exemplar, é possível “mergulhar” na tradição do hammam muçulmano, onde os rituais de purificação e bem-estar tinham lugar reservado para homens e mulheres, embora em momentos distintos. Este testemunho arqueológico, oculto durante séculos sob uma casa vulgar, revela a sofisticação do reino islâmico do Gharb al-Andalus e lembra-nos que o sul de Portugal guarda ainda muitos segredos.

E porque uma caminhada desperta o apetite, não poderíamos deixar de visitar o Mercado Municipal de Loulé. Instalado num elegante edifício do início do século XX, é um verdadeiro festival de cores, aromas e sabores. Entre fruta, legumes, peixes e mariscos frescos, há também espaço para provar. Escolhemos o Pirá, restaurante onde o ceviche é protagonista e onde cada garfada confirma a excelência de um território que sabe reinventar-se sem perder a autenticidade.

 

Quando o luxo é harmonia

O Wyndham Grand Algarve representa a nova geração do luxo: emocional, sensorial, sustentável. Aqui, não se grita sofisticação – sussurra-se. As experiências são orquestradas com precisão, mas com uma leveza que as torna memoráveis. Ao sair, carregamos connosco não só o aroma do Cyanus, mas uma certeza: há lugares que sabem cuidar de nós melhor do que imaginávamos.