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Calendário Perpétuo

O calendário perpétuo é um dos três mecanismos que forma a Santa Trindade das complicações relojoeiras.

 

Depois do turbilhão, que desafia a gravidade na procura por maior precisão, da repetição de minutos, que adiciona um elemento audível à indicação do tempo, o calendário perpétuo, equipa o relógio com um cérebro ou memória de um tempo que está para vir.
A duração real de um ano solar é de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Para compensar a diferença anual de praticamente 6 horas entre o ano solar e o calendário instituiu-se que, a cada quatro anos, o mês de Fevereiro recebe um dia adicional, ficando com 29 dias, ao invés dos habituais 28.

O conceito de construir um relógio que pudesse “saber” quando é que um mês tinha apenas 30 dias (ou 28) ou quando era ano bissexto foi um dos desafios clássicos do mundo da relojoaria e uma façanha digna de registo. Um relógio com calendário perpétuo é aquele que reconhece, não só a duração variável de cada mês, como também sabe a duração de cada ano, levando em conta os anos bissextos e ajustando a data de acordo com eles.

O calendário perpétuo apenas terá que ser ajustado no dia 1 de Março de 2100 e 2200, isto porque o calendário gregoriano dita que todos os anos divisíveis por 100 e por 4 em simultâneo não serão bissextos. Esta é uma forma de compensar os pequenos erros do calendário gregoriano face ao ano solar real.

 

 

O génio de Kurt Klaus

Até 1985, os calendários perpétuos tinham um grande inconveniente: as indicações do dia da semana, data, mês, ano e fases da Lua não estavam sincronizadas. Isso significava que, cada vez que um relógio parava, tinha que se ajustar individualmente cada uma das indicações e procurar o almanaque de bolso para determinar a fase lunar correcta antes de ajustar o relógio.

 

 

Kurt Klaus simplificou radicalmente o calendário perpétuo, ao desenvolver um calibre completamente sincronizado. Com este movimento, todas as indicações das funções podiam ser ajustadas através da coroa, sem necessidade de botões de ajuste, e, além disso, bastava corrigir as horas e a data que todas as outras indicações se sincronizavam automaticamente. Outra característica única da invenção de Klaus foi a indicação do ano em formato digital, já que a maioria dos calendários perpétuos apenas mostra o ano de um modo relativo ao ciclo do ano bissexto.