-
TRÊS ANOS. UM MARCO NA VIDA DO SEU RELÓGIO.
É o tempo que normalmente um relógio mecânico pode funcionar ininterruptamente.
Em comparação, um automóvel que percorra 20’000 km/ano a uma velocidade média de 35 km/hora (autoestrada e circuito urbano) requer assistência a cada 580 horas. Ao fim de três anos, o automóvel esteve em funcionamento 1’740 horas, cerca de 15 vezes menos que o relógio. Nenhuma outra máquina trabalha tanto tempo consecutivo sem necessidade de assistência como o seu relógio.
Para medir o tempo com precisão, o balanço oscila cerca de 28’800 vezes por hora com uma constância elevada. Os seus pivôs medem cerca de 0,08 mm de diâmetro. São sensivelmente cem vezes mais pequenos que o diâmetro do balanço e, além da massa que suportam, resistem ao choque e ao desgaste.
Recorrendo a um simples exercício de matemática conseguimos calcular a distância que o balanço do relógio percorre por unidade de tempo. Numa oscilação e com uma amplitude de 270º, o balanço percorre 18,8 mm. São 540 metros por hora, quase 13km por dia, 390km por mês, 4’680 km por ano, mais de 14’000 km em três anos.
Quase tanto tempo quanto aquele que o seu automóvel necessita para ir à revisão.
Esta rápida analogia com o mundo automóvel mostra o quão importante é submeter o seu relógio a uma manutenção periódica, a cada 3 ou 4 anos. Caso se trate de um relógio que esteja ou anteveja que venha a estar em contato com o meio aquático, e para se resguardar de quaisquer problemas com a estanquicidade do mesmo, deve submeter o mesmo a uma aferição prévia dessa capacidade, antes desse período
-
O SEU RELÓGIO: AQUELE INSTRUMENTO DE PRECISÃO
Enquanto instrumento de precisão, o relógio necessita de manutenção regular para garantir o seu perfeito funcionamento. A frequência e o tipo de serviço dependem do modelo, do clima, do tipo de utilização e do cuidado do utilizador. A sua longevidade depende de um serviço completo a cada 3 ou 4 anos.
Há quem diga que manter o relógio sempre em funcionamento prolonga-lhe a vida. Outros afirmam que mantê-lo parado é o mais indicado. Mas, mesmo um relógio que tenha estado parado durante um longo período de tempo necessita de manutenção. Esta exigência não se deve ao pouco tempo de uso e consequente minimização do desgaste mas sim ao facto de os óleos lubrificam o mecanismo “secarem” ao longo do tempo. A utilização do relógio, nestas condições, tem consequências nefastas para alguns componentes do mecanismo de movimento.
-
LIMPEZA GERAL FREQUENTE: O PRIMEIRO PASSO DA LONGEVIDADE
Ao manter o seu relógio limpo está a diminuir a probabilidade das poeiras entrarem para o seu interior. Limpe o seu relógio periodicamente para remover a poeira, a sujeira, a humidade e a transpiração.
Saiba mais sobre a limpeza e organização dos seus relógios aqui.
-
ESTANQUICIDADE: CONHEÇA OS SINAIS DE PERIGO
A estanquicidade é a capacidade que o relógio tem de ser impermeável ao contato com a água. A nomenclatura atual, por regra gravada no fundo do relógio, apresenta uma relação entre a pressão medida em bar (ou ATM) e a profundidade a que o relógio pode ser submetido em condições laboratoriais. Esta informação é uma norma e não uma profundidade de imersão absoluta.
A estanquicidade não pode ser permanentemente garantida devido a diversos fatores como o envelhecimento normal dos vedantes, a exposição a agentes externos tais como os cosméticos, a água salgada ou com cloro, ou em resultado de danificações na zona de estanquicidade provocadas por um choque. Para garantir esta característica, os relógios devem ser submetidos a um teste de estanquicidade uma vez por ano.
Um sinal de estanquicidade defeituosa é a formação de condensação sob o vidro. Neste caso, a hermeticidade do relógio deve ser controlada junto de um agente autorizado da marca.
A existirem outro tipo de pictogramas e, consoante a indicação em concreto, o contato com a água poderá ir desde o simples lavar de mãos ou duche até ao mergulho recreativo na praia ou na piscina.
Só deverá usar o seu relógio em atividades subaquáticas a maior profundidade se, no fundo do seu relógio, estiver algum dos pictogramas que o informem que o mesmo foi concebido também para esse efeito.
-
MUDANÇA DE PILHA: NÃO É TÃO SIMPLES QUANTO PARECE
A vida média de uma pilha de relógio de quartzo varia de um a três anos, período este que depende de uma série de fatores: a idade, a condição do movimento e do tipo de relógio (analógico, cronógrafo ou digital).
Quanto maior o número de funcionalidades que um relógio tem, maior a frequência e a necessidade de substituir a pilha. Quando a pilha perde a capacidade de alimentar o relógio é fundamental que a substitua de imediato caso contrário o risco de fuga do líquido (ácido) que está dentro da pilha aumenta e, consequentemente, o risco de danificar definitivamente o mecanismo do relógio.
É muito importante que a mudança de pilha seja feita por um profissional para assegurar que a vedação é feita corretamente e a estanquicidade não é afetada, evitando danos futuros no mecanismo provocados pela entrada de água.
Alguns relógios têm um mecanismo EOL (End Of Life ou Fim de Vida) que faz com que o ponteiro dos segundos comece a saltar em intervalos de 5 segundos sempre que a pilha está a chegar ao fim devendo esta ser então trocada urgentemente. Uma pilha fora de prazo pode de derramer o seu líquido no interior do relógio, o que será fatal.
-
SABE ACERTAR E DAR CORDA CORRETAMENTE?
- Relógio Manual:
- Dê-lhe corda completa, todos os dias à mesma hora;
- Relógio Automático:
- Use-o todos os dias para que a reserva de marcha nunca falhe;
- Se estiver parado, rode a coroa cerca de 15 a 20 vezes e coloque-o no pulso;
- Se a coroa for de rosca, certifique-se que esta ficou corretamente enroscada para não comprometer a estanquicidade do relógio;
- Se o usar diariamente, dê-lhe corda de 15 em 15 dias; caso contrário dê-lhe corda duas vezes por semana;
- Acertar a data:
- Certifique-se de que não que acerta a data entre as 21:00 e as 3:00 para evitar danificar as engrenagens e os mecanismos do movimento; este é o intervalo de tempo no qual os mecanismos do relógio para acerto de data já estão em movimento de forma automática. O acerto manual da data neste período de tempo pode danificar o mecanismo do relógio.
- Relógio Manual:
-
OS VÁRIOS GRAUS DE RESISTÊNCIA À ÁGUA
Ao contrário do que podemos ser levados a pensar, a resistência à água não implica que um relógio seja à prova de água. Um relógio resistente à água significa que pode ser usado em tarefas simples do dia-a-dia como lavar as mãos ou apanhar chuva, mas não deve ser usado noutro tipo de tarefas onde o elemento água está mais presente (ex: tomar banho com o relógio).
Nem todos os relógios são construídos para serem resistentes à água havendo, inclusive, vários graus de resistência à água. É importante lembrar que a resistência à água não é uma condição permanente, tendo de ser testada periodicamente ao nível das juntas e dos vedantes que selam o relógio e que se deterioram ao longo do tempo.
Se o seu relógio se destina a atividades em água, certifique-se que a coroa se encontra no sítio – ou firmemente ajustada – antes de o usar dentro de água.
Não faça operações que envolvam o manuseamento da coroa em ambientes húmidos pois a probabilidade de infiltrações de água no mecanismo do relógio é muito elevada
Após contacto com água salgada ou com cloro, limpe imediatamente o seu relógio com água doce secando-o de seguida com um pano suave e macio.
Se o bisel do seu relógio é móvel, certifique-se que o gira durante a limpeza para assegurar que fica limpo de todos os vestígios de areias e de sal.
-
A INFLUÊNCIA DOS CAMPOS MAGNÉTICOS SOBRE O SEU RELÓGIO
Uma vez que a maior parte dos componentes de um relógio são feitos em metal, os campos magnéticos têm influência sobre o seu correto funcionamento podendo, em situações extremas, parar o relógio.
Desta forma, recomendamos vivamente que não deixe o seu relógio junto de quaisquer aparelhos eletrónicos (tablets, computadores, micro-ondas) ou o exponha à ação de campos magnéticos tão simples como os frigoríficos ou os fechos de íman de algumas malas de mão ou tiracolo.
-
O QUE É UM RELÓGIO COM RESERVA DE MARCHA
A reserva de marcha é a capacidade de um relógio se manter em funcionamento algum tempo após lhe ter sido dado corda e depende de relógio para relógio. No caso dos relógios automáticos, o próprio movimento do pulso permite manter o relógio sempre em funcionamento sem que lhe tenhamos de dar corda.
No caso dos relógios automáticos que não são usados permanentemente, e para que estejam sempre precisos quando os quiser usar, recomendamos que adquira uma caixa especial para o guardar sempre que não o esteja a usar. Estas caixas simulam o movimento do pulso e mantêm o seu relógio sempre na máxima precisão. Nunca sacuda um relógio de movimento automático com o objetivo de o manter sempre em movimento. Este erro comum pode trazer problemas ao funcionamento do seu relógio.
-
O PERIGO DOS IMPACTOS PROVOCADOS POR QUEDAS
O impacto de uma queda no mecanismo do seu relógio pode ser fatal. Em caso de queda e mesmo que, à primeira vista, tudo lhe pareça perfeito e o relógio continue a funcionar, recomendamos que o leve para uma avaliação pela Assistência Técnica.
-
EVITE O CONTACTO COM PRODUTOS QUÍMICOS E COSMÉTICOS
Quaisquer contatos com produtos químicos (detergentes de loiça ou de limpeza), perfumes ou cremes de cosmética podem ter consequências ao nível do revestimento da bracelete ou no material das caixas e danificar os vedantes que asseguram a estanquicidade do seu relógio.
-
TORNE O SEU RELÓGIO NUM LEGADO DE GERAÇÕES
- Evite os choques ou impactos súbitos, que podem resultar em danos na caixa, movimento, vidro e mostrador e, em ultima instância, invalidar a garantia ou obrigar à intervenção técnica. Muitos impactos não deixam qualquer marca física e visível no exterior do relógio que indiciem o que aconteceu. Só um Serviço de Assistência Técnica certificado pela marca consegue diagnosticar a causa do problema e avançar com uma ação de correção.
- Evite o contato direto com solventes, detergentes, perfumes, cosméticos e outros químicos, que podem causar danos na bracelete, caixa, vedantes e inclusive no tratamento antirreflexo dos vidros.
- Nunca manipule a coroa e os poussoirs (botões) com o relógio dentro de água ou em contato com a mesma.
- Evite a exposição a temperaturas extremas (inferiores a 0ºC ou superiores a 60ºC) ou a mudanças bruscas de temperatura.
- Evite danos no movimento ao efetuar correções de calendário através do acerto rápido (posição intermédia da coroa) entre as 21:00 e as 03:00.
- Lembre-se que a precisão de marcha do relógio é fortemente influenciada por fatores externos como os choques, as variações de temperatura e o magnetismo.
- Lembre-se que o relógio automático aproveita os mecanismos do pulso para carregar a corda do relógio, razão pela qual o carregamento da corda depende do tempo diário de utilização e dos ritmos e estilos de vida do seu portador.
- Se o seu relógio é automático e parar após consumir toda a reserva de marcha, acerte-o e dê algumas voltas de corda manualmente – 15 a 20 voltas da coroa – antes de o colocar novamente no pulso.
- Evite a exposição do seu relógio a campos magnéticos de forte intensidade tais como as colunas de som, os frigoríficos ou as televisões. Um forte magnetismo no movimento pode influenciar substancialmente, ou mesmo parar, a marcha do relógio. Os campos magnéticos não provocam quaisquer tipos de danos permanentes e irreversíveis pelo que, na maioria dos casos, basta desmagnetizar o relógio para que a marcha e a amplitude voltem ao normal. Para corrigir esta situação entre em contato connosco.